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terça-feira, 6 de junho de 2017

A GERAÇÃO DE PRAGAS

Parte 22

A INVESTIGAÇÃO DE CALUS

E.5.: 1784, 13/5 PRI.
Reino primordial (floresta)

Mal apareceram em um cenário diferente com o teletransporte, e Taram já havia conjurado um feitiço de contenção que detiveram os movimentos de Daro. Com seus movimentos selados e longe de Kalebs, logo a fisionomia de Daro foi voltando ao normal enquanto que sua consciência se esvaia até desmaiar.  Taram desfez os selos enquanto percebia que a aura poderosa que via instantes atrás não mais existia em Daro.
— Então é assim que funciona na pratica! – proferiu Taram coçando a barba enquanto observava Daro desfalecido no chão – Parece que temos a ultima chave, só terei que lapidá-lo para se encaixar nos meus planos.

...

— Você tem noção do tamanho da briga que vai comprar? Não serão apenas os magos mais poderosos, serão todos os reinos, grandes e pequenos... Todo o continente de inimigo. – Indagou Kalebs com um tom desacreditado e intrigado com o que ouvira.
— Não se preocupe comigo, o importante é que você cumpra o combinado. E depois, independente de eu ter sucesso ou não, você terá a sua liberdade. – Calus respondeu esticando o braço na direção do Darksh.
— Não vai ser nenhum sacrifício pra mim, e ainda estarei livre no final dessa história, supondo que eu ainda esteja vivo quando isso acabar não é. Bem acho que vai mais divertido do que ficar aqui pela eternidade.  Trato feito garoto. – Finalizou apertando a mão de Calus.
— Obrigado, e desculpe por isso.
— Desculpar o q... – Antes de finalizar, o Darksh perdeu a consciência caindo no chão.  Não demorou nada e Taram apareceu novamente no trazendo uma tocha
— Calus, teve alguma dificuldade para contê-lo? – A voz chegou antes mesmo de se fazer visível o velho de um braço só.
— Um pouco sim senhor, mas acabei dando a sorte de ele pisar no colar. – respondeu com uma expressão de cansaço e satisfação por ter conseguido conter o Darksh. Parece funcionar muito bem nele – respondeu, vendo que o mago havia engolido a versão apresentada. E Daro? – Questionou, agora com preocupação na voz.
— Está no quarto, descansando. Fique de olho nele enquanto refaço a cela deste pequeno infortúnio. – Ordenou sem olhar para Calus e com um tom de menosprezo.
Calus foi caminhando pelos corredores em direção ao quarto de Daro, imerso em seus pensamentos. “As intenções dele ainda não estão claras o suficiente. Tenho que ser cauteloso. Tenho que esperar o momento certo”. Passava em frente à biblioteca quando algo lhe chamou a atenção. Um jovem de aparência agradável, mas com uma expressão séria, olhando fixamente para o grimório de Taram. Antes que pudesse observar mais, a porta se fechou num rompante. Realmente muito estranho, nunca havia visto um visitante sequer.
Naquele mesmo dia ao cair da noite, Calus caminhava pelo castelo sorrateiramente escondendo a sua presença como já vinha fazendo há algum tempo. Aquela noite havia um motivo a mais para suas investigações. O visitante misterioso. O jovem andava a passos confiantes em direção a biblioteca, de onde vinham vozes.
 — As chaves são bem protegidas... – Calus redobrou a cautela e amaciou ainda mais os passos, para não ser notado – Não descuide da sua chave, vai ser o ultimo sacrifício.
— Não se preocupe com isso, manterei sobe as minhas asas até a hora chegar.
— Acho que seria bom matar a outra criança, além de desnecessária ela viu meu rosto hoje enquanto eu tentava extrair mais algum detalhe sobre a barreira.
— Creio que não haja necessidade, posso apagar a memória dele facilmente, e depois o garoto é promissor.
— Faça o que quiser contanto que não atrapalhe no nosso objetivo, caso contrário terei que eliminá-lo.
— Caso ele se torne um empecilho eu mesmo cuidarei dele.

  Calus já havia escutado o bastante da conversa, era melhor sair dali antes que fosse pego. Agora estava mais claro do que nunca que suas suspeitas estavam certas, aquele homem não era de confiança e aquele lugar não era seguro.  Voltou para o seu quarto e se deitou na cama, esperando para ter sua memória alterada. Depois de algum tempo, a porta se abriu lentamente. Ele fingiu estar em sono profundo.
— Viu o rosto de alguém muito perigoso garoto, esqueça e viva um pouco mais. – Disse Taram em voz baixa para não acordá-lo, lançou-lhe o feitiço e saiu porta a fora.  Ao ouvir os passos se distanciando, Calus abriu os olhos e retirou a mão que segurava uma pedra azul debaixo do cobertor. “ainda bem que deu certo” pensou.
— Que situação complicada você me colocou Doms. – Murmurou dando um suspiro de cansaço deixando o corpo relaxar a espera do sono.

*E.5.: Era dos 5
*1784: Ano
*13/5:13° dia da 5° quinzena
*PRI.: Primavera


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