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terça-feira, 6 de junho de 2017

A GERAÇÃO DE PRAGAS

Parte 14
AÇÃO E REAÇÃO

E.5.: 1793, 2/2  VER.
Elam(extremo norte do território mágico)


O rei de Elam, Baltraz caminhava em seu jardim ao lado de Sanvis conversando em cochichos.
— Então Sanvis, notícias de Astigan? – Perguntou o rei com naturalidade, como se comentasse sobre as flores.
— Nada ainda vossa majestade. – Respondeu com leveza enquanto acenava a uma jardineira que podava algumas plantas ali perto.
— O que me diz Sanvis, como conselheiro do rei?
— O momento é de prudência meu rei isso é certo. Feygan não é lá um homem muito previsível, mas ele também não é burro, sabe que se iniciar uma guerra com Elam, o reino de Astigan será fragilizado diante do equilíbrio dos cinco grandes reinos, por outro lado não tomar nenhuma medida quanto ao ocorrido seria o mesmo que admitir fraqueza perante sua própria soberania. ­­– Completou Sanvis com cautela nas palavras.
— Trate de reafirmar a lealdade dos jovens que servem em Astigan caso tenhamos que agir. – ordenou o rei – Só espero não precisar chegar a esse ponto agora. – Terminou num sussurro quase em pensamento.

...

Astigan (sul do território mágico)

Em Astigan um pequeno conselho de guerra discutia em uma pequena sala, quase debruçados a mesa quase desejando que o conteúdo da conversa não chegasse nem mesmo no companheiro ao lado. A porta se abriu num rompante trazendo um silêncio imediato com o susto.
— Podemos dar início à reunião. – Autorizou se sentando a cabeceira da mesa.
— Não podemos deixar que Tantrum seja desmoralizada dessa maneira meu rei, proponho retaliação imediata e... – Começou o general a esquerda do rei.
— Claro! E teremos guerra em duas frentes ao mesmo tempo. –retrucou o outro sentado a direita – Meu senhor, não seria sábio entrar em guerra com um reino que tanto nos provem tributos quanto soldados de base. – Finalizou aconselhando.
— Realmente lorde Castile, não seria de bom tom, e é por isso que eu mandei meu filho resolver esse problema pessoalmente há alguns dias. – Respondeu o rei interrompendo a discussão.
— Sem comunicar ao conselho? – Balbuciou o velho ancião sentado na outra extremidade da mesa.
— Não sabia que o rei precisava da autorização deste ou de qualquer conselho para qualquer coisa. – Vociferou Feygan socando a mesa.
— Claro que não vossa majestade, só quis dizer que representa certo perigo para o príncipe. – Apressou o ancião em corrigir de cabeça baixa.
— E foi por esse motivo que eu convoquei a reunião do conselho. –justificou o rei gesticulando – A questão dos gigantes do leste, como estamos?
— Estamos fazendo progresso, três dos sete lideres das casas nobres já fecharam acordos de cooperação. – Respondeu o general.
— E quanto aos mensageiros que Elam tem enviado? – Questionou se virando para o homem calado e de vestimenta preta e simples.
— Todos mortos. Pensam que foram os gigantes. – Respondeu voltando ao silêncio no qual estava.
— Muito bem! E quais as notícias de Tantrum, Scoth? – Se voltou ao general.
— Tantrum pede mais homens, parece que o ataque acabou com quase metade das tropas. – Respondeu desviando o olhar.
— Mande os prisioneiros e soldados de base por ora, não precisamos de mais incidentes por lá. – Deu a solução se levantando, mas interrompido por lorde Castile.
— Vossa majestade sugiro que mande mais do que bandidos e soldados de base a Tantrum.
— E o que te fez dar esta “sugestão”? – Questionou com certa curiosidade – Sabes de algo que eu desconheço?
— De certo modo meu rei. Soube hoje cedo de minhas fontes que Gradian partiu em uma caçada particular, e como sabe ele é o grande trunfo não juramentado que protege aquele lugar. Mesmo o general de prata ainda estando lá, não tenho certeza se ele se daria ao trabalho de fazer qualquer coisa em caso de um novo “incidente”. – Finalizou de forma sugestiva.
— Mais essa agora! Mande quantos julgar necessário, deixarei essa questão em suas mãos. – Finalizou saindo porta a fora.


...

Hiriduria(sudoeste do território anão)
 
O rei anão Tharandir passeava por entre as minas de Amolita montado em um javali, acompanhado de seu amigo Falneth primo do rei e senhor de Wallcit, e logo atrás mais uma meia dúzia de guardas. A iluminação era provinda de pedras no teto que recendia um brilho vede intenso que iluminava melhor que qualquer tocha.
— Um anão pode viver na superfície por uma vida inteira, mas é aqui no subterrâneo que nos sentimos em casa. – Falou Falneth em tom nostálgico.
— Diga-me Falneth, quais as notícias da superfície? – Indagou o rei com voz grave e rouca ignorando o comentário.
— As noticias de cima não poderiam ser melhores. Takar quer um novo contrato, além das armas ele agora quer Amolita. ­– Disse com um sorriso discreto no rosto.
— Sim, Falneth já sei disso. O que eu quero saber é se você já descobriu o motivo de ele querer a nossa Amolita. – O rei tirou o sorriso do rosto do primo com as palavras ditas com rudeza.
— O mundo de cima está agitado ultimamente vossa majestade, como o senhor já deve ter conhecimento algo grande está por vir. Tantrum foi atacada; correm boatos de que Astigam negocia uma aliança com Elam; os malditos elfos se fechando ainda mais para dentro de suas florestas; e somente esse Takar que nada faz, além de comprar armas e agora Amolita, eu diria que ele está se preparando para o que está por vir. – Respondeu com temor nas palavras.
— Quero ter certeza dos propósitos de Takar. Nunca vi um príncipe negociar tanto sem o conhecimento do seu rei. – completou em tom de desconfiança – Eu diria que esse Takar está mais envolvido em todo esse alvoroço do que se imagina. – Finalizou com ainda mais desconfiança.

*E.5.: Era dos 5
*1793: ano
*2/2: 2° dia da 2° quinzena
*VER.: verão



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