Parte 14
AÇÃO
E REAÇÃO
E.5.: 1793, 2/2 VER.
Elam(extremo
norte do território mágico)
O rei de Elam, Baltraz
caminhava em seu jardim ao lado de Sanvis conversando em cochichos.
— Então Sanvis,
notícias de Astigan? – Perguntou o rei com naturalidade, como se comentasse
sobre as flores.
— Nada ainda vossa
majestade. – Respondeu com leveza enquanto acenava a uma jardineira que podava
algumas plantas ali perto.
— O que me diz Sanvis,
como conselheiro do rei?
— O momento é de
prudência meu rei isso é certo. Feygan não é lá um homem muito previsível, mas
ele também não é burro, sabe que se iniciar uma guerra com Elam, o reino de
Astigan será fragilizado diante do equilíbrio dos cinco grandes reinos, por
outro lado não tomar nenhuma medida quanto ao ocorrido seria o mesmo que
admitir fraqueza perante sua própria soberania. – Completou Sanvis com
cautela nas palavras.
— Trate de reafirmar a
lealdade dos jovens que servem em Astigan caso tenhamos que agir. – ordenou o
rei – Só espero não precisar chegar a esse ponto agora. – Terminou num sussurro
quase em pensamento.
...
Astigan (sul do território mágico)
Em Astigan um pequeno
conselho de guerra discutia em uma pequena sala, quase debruçados a mesa quase
desejando que o conteúdo da conversa não chegasse nem mesmo no companheiro ao
lado. A porta se abriu num rompante trazendo um silêncio imediato com o susto.
— Podemos dar início à
reunião. – Autorizou se sentando a cabeceira da mesa.
— Não podemos deixar
que Tantrum seja desmoralizada dessa maneira meu rei, proponho retaliação
imediata e... – Começou o general a esquerda do rei.
— Claro! E teremos
guerra em duas frentes ao mesmo tempo. –retrucou o outro sentado a direita –
Meu senhor, não seria sábio entrar em guerra com um reino que tanto nos provem
tributos quanto soldados de base. – Finalizou aconselhando.
— Realmente lorde
Castile, não seria de bom tom, e é por isso que eu mandei meu filho resolver
esse problema pessoalmente há alguns dias. – Respondeu o rei interrompendo a
discussão.
— Sem comunicar ao conselho?
– Balbuciou o velho ancião sentado na outra extremidade da mesa.
— Não sabia que o rei
precisava da autorização deste ou de qualquer conselho para qualquer coisa. –
Vociferou Feygan socando a mesa.
— Claro que não vossa
majestade, só quis dizer que representa certo perigo para o príncipe. –
Apressou o ancião em corrigir de cabeça baixa.
— E foi por esse motivo
que eu convoquei a reunião do conselho. –justificou o rei gesticulando – A
questão dos gigantes do leste, como estamos?
— Estamos fazendo progresso,
três dos sete lideres das casas nobres já fecharam acordos de cooperação. –
Respondeu o general.
— E quanto aos
mensageiros que Elam tem enviado? – Questionou se virando para o homem calado e
de vestimenta preta e simples.
— Todos mortos. Pensam que
foram os gigantes. – Respondeu voltando ao silêncio no qual estava.
— Muito bem! E quais as
notícias de Tantrum, Scoth? – Se voltou ao general.
— Tantrum pede mais
homens, parece que o ataque acabou com quase metade das tropas. – Respondeu
desviando o olhar.
— Mande os prisioneiros
e soldados de base por ora, não precisamos de mais incidentes por lá. – Deu a
solução se levantando, mas interrompido por lorde Castile.
— Vossa majestade
sugiro que mande mais do que bandidos e soldados de base a Tantrum.
— E o que te fez dar
esta “sugestão”? – Questionou com certa curiosidade – Sabes de algo que eu
desconheço?
— De certo modo meu
rei. Soube hoje cedo de minhas fontes que Gradian partiu em uma caçada
particular, e como sabe ele é o grande trunfo não juramentado que protege
aquele lugar. Mesmo o general de prata ainda estando lá, não tenho certeza se
ele se daria ao trabalho de fazer qualquer coisa em caso de um novo
“incidente”. – Finalizou de forma sugestiva.
— Mais essa agora!
Mande quantos julgar necessário, deixarei essa questão em suas mãos. –
Finalizou saindo porta a fora.
...
Hiriduria(sudoeste do território
anão)
O rei anão Tharandir
passeava por entre as minas de Amolita montado em um javali, acompanhado de seu
amigo Falneth primo do rei e senhor de Wallcit, e logo atrás mais uma meia
dúzia de guardas. A iluminação era provinda de pedras no teto que recendia um
brilho vede intenso que iluminava melhor que qualquer tocha.
— Um anão pode viver na
superfície por uma vida inteira, mas é aqui no subterrâneo que nos sentimos em
casa. – Falou Falneth em tom nostálgico.
— Diga-me Falneth,
quais as notícias da superfície? – Indagou o rei com voz grave e rouca
ignorando o comentário.
— As noticias de cima
não poderiam ser melhores. Takar quer um novo contrato, além das armas ele
agora quer Amolita. – Disse com um sorriso discreto no rosto.
— Sim, Falneth já sei
disso. O que eu quero saber é se você já descobriu o motivo de ele querer a
nossa Amolita. – O rei tirou o sorriso do rosto do primo com as palavras ditas
com rudeza.
— O mundo de cima está
agitado ultimamente vossa majestade, como o senhor já deve ter conhecimento
algo grande está por vir. Tantrum foi atacada; correm boatos de que Astigam
negocia uma aliança com Elam; os malditos elfos se fechando ainda mais para
dentro de suas florestas; e somente esse Takar que nada faz, além de comprar
armas e agora Amolita, eu diria que ele está se preparando para o que está por
vir. – Respondeu com temor nas palavras.
— Quero ter certeza dos
propósitos de Takar. Nunca vi um príncipe negociar tanto sem o conhecimento do
seu rei. – completou em tom de desconfiança – Eu diria que esse Takar está mais
envolvido em todo esse alvoroço do que se imagina. – Finalizou com ainda mais
desconfiança.
*E.5.:
Era dos 5
*1793:
ano
*2/2:
2° dia da 2° quinzena
*VER.:
verão
Nenhum comentário:
Postar um comentário